Raul Seixas - Tente Outra Vez

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Raul Santos Seixas nasceu em Salvador no dia 28 de junho de 1945, Filho do casal Raul Varella Seixas e Maria Eugênia Seixas, obtém em casa uma cultura que o faz adiantar-se àquilo que era ensinado nas escolas, mergulhando nos livros que tinha à disposição, na biblioteca do pai. Até o final de sua vida, sempre foi avançado para sua época, o que é comprovado pelas músicas por ele compostas e que até hoje são executadas.
Seu gosto musical foi se moldando: primeiro, no rádio, acompanha o sucesso de Luiz Gonzaga, e nas viagens, onde acompanha o pai (inspetor de ferrovia), ouve os matutos desfiarem repentes - e esta "raiz" nordestina nunca o abandonara.
Num segundo momento, nas telas dos cinemas, encanta-se com o talento de Elvis Presley, de quem torna-se fã - e aponta-lhe o rumo musical: o Rock'n Roll. Sempre gostou também de clássicos do rock dos anos 50 e 60.
Juntamente com alguns amigos de Salvador, monta um conjunto, "Os Relâmpagos do Rock", mais tarde "The Panters", e por último conhecido como "Raulzito e os Panteras". Fazem shows no estado, e, a convite do amigo Jerry Adriani, vai para o Rio de Janeiro gravar um disco pela gravadora Odeon, em 1967 - que foi um total fracasso.
No ano de 1973, Raul conseguiu um grande e estrondoso sucesso com a música Ouro de Tolo, uma música com letra quase auto-biográfica, mas também um deboche com a Ditadura e o Milagre econômico.
No mesmo ano foi contratado pela Philips (atual Universal Music), grava o LP Krig-Ha, Bandolo, com o qual Raul alcançou finalmente o sucesso, estabelecendo a parceria com o hoje escritor Paulo Coelho.
Raul Seixas finalmente alcançou grande repercussão nacional como uma grande promessa de um novo compositor e cantor. Porém logo a imprensa e os fãs da época foram aos poucos percebendo que Raul não era apenas um cantor e compositor.
No ano de 1974, por divulgar a Sociedade Alternativa nas suas apresentações, acabou sendo preso e torturado pelo DOPS, exilando-se nos Estados Unidos. No entanto, o sucesso do seu LP Gitã e da música Gita, que lhe rendeu um disco de ouro, após vender 600.000 cópias, fazem-no retornar ao Brasil. Neste ano separa-se de sua primeira mulher, Edith Wisner, com quem teve uma filha chamada Simone.
Em 1975, casa-se com Gloria Vaquer, e grava o LP "Novo Aeon".
Em 1976, grava o disco "Há Dez Mil Anos Atrás", e tem sua segunda filha, Scarlet.
Lançou mais outros três discos pela WEA (hoje Warner Music Brasil), a partir de 1977, que fizeram sucesso de público e desgosto na crítica. Por volta deste período, intensifica-se a parceria com o amigo Cláudio Roberto, com quem Raul comporia várias de suas canções mais conhecidas, como "Maluco Beleza", "O Dia em que a Terra Parou", "Rock das Aranhas", "Aluga-se" etc.
A partir do ano de 1978, começa a ter problemas de saúde devido ao consumo de álcool, que lhe causa a perda de 1/3 do pâncreas. Separa-se de Glória, que vai embora para os EUA levando a filha Scarlet. Neste ano, conhece Tania Menna Barreto, com quem passa a viver.
No ano de 1979, separa-se de Tania. Interna-se para tratar do alcoolismo. Conhece Angela Affonso Costa, a Kika Seixas, sua quarta companheira.
No ano de 1980, assinando novamente contrato com a CBS, lançou apenas mais um álbum (Abre-te Sésamo) e rescindiu o contrato.
Em 1981 nasce a terceira filha, Vivian, fruto de seu casamento com Kika.
Seus dois discos seguintes (Raul Seixas - 1983 e Metrô linha 743 - 1984) e o livro As Aventuras de Raul Seixas na Cidade de Thor fizeram sucesso, mas depois Raul teve as portas fechadas novamente, devido ao seu consumo excessivo de álcool e constantes internações para desintoxicação.
Em 1985, separa-se de Kika Seixas. Faz um show, em 1 de dezembro deste ano, no Estádio Lauro Gomes, na cidade de São Caetano do Sul. Só voltaria a pisar no palco no ano de 1988, ao lado de Marcelo Nova.
Conseguindo um contrato com a gravadora Copacabana, em 1986 (de propriedade da EMI), grava um disco que foi grande sucesso entre os fãs, (UAH-BAP-LU-BAP-LA-BEIN-BUM - 1987) estando presente até em programas de televisão, como o Fantástico. Nesta época, conhece Lena Coutinho, que se torna sua companheira. A partir desse ano, estreita relações com Marcelo Nova (fazendo uma participação no LP "Duplo Sentido", da banda Camisa de Vênus).
Um ano mais tarde, 1988, já sozinho, faz seu último álbum solo (A Pedra do Gênesis). A convite de Nova, faz alguns shows em Salvador, após três anos sem pisar num palco.
No ano de 1989, faz uma turnê com Marcelo Nova, agora parceiro musical, totalizando mais de 50 apresentações pelo Brasil.
O último disco lançado em vida foi feito em parceria com Marcelo Nova, intitulado "A Panela do Diabo", que foi lançado pela Warner Music Brasil um dia após sua morte. Raul Seixas faleceu dia 21 de agosto de 1989, aos 44 anos. Seu corpo foi encontrado às oito horas da manhã, pela sua empregada, Dalva. Foi vítima de parada cardíaca: seu alcoolismo, agravado pelo fato de ser diabético, e por não ter tomado insulina na noite anterior, causaram-lhe uma pancreatite aguda fulminante. O LP " A Panela do Diabo" vendeu 150.000 cópias, rendendo ao Raul um disco de ouro póstumo, entregue à sua família e também a Marcelo Nova (parceiro de Raul, com quem gravou o LP), tornando-se assim um dos discos de maior sucesso do eterno Maluco Beleza.
Depois de sua morte, Raul permaneceu entre as paradas de sucesso. Foram produzidos vários álbuns póstumos, como O Baú do Raul (1992), Documento (1998), Anarkilópolis (2003) e Raul Seixas - Série BIS Duplo (2005). Sua penúltima mulher, Kika, já produziu um livro do cantor (O Baú do Raul), baseado em escritos dos diários de Raulzito desde os 6 anos de idade até a sua morte.
Muitos dos fãs de Raul Seixas consideram uma das marcas mais fortes nas suas músicas a sua capacidade de, através de um estilo jovial e descontraído, transmitir mensagens ou fazer questionamentos sobre temas como o amor, a vida, e a existência em si.
Das canções que Raulzito deixou, muitas foram aquelas que permaneceram eternizadas pelo gosto do público. Entre elas, Maluco Beleza, Metamorfose Ambulante, Sociedade Alternativa, Gîtâ, Eu nasci há 10 mil anos atrás, Medo da Chuva e Tente Outra Vez.


Tente Outra Vez
(Raul Seixas/Marcelo Motta/Paulo Coelho)

Veja!
Não diga que a canção
Está perdida
Tenha em fé em Deus
Tenha fé na vida
Tente outra vez!...

Beba! (Beba!)
Pois a água viva
Ainda tá na fonte
(Tente outra vez!)
Você tem dois pés
Para cruzar a ponte
Nada acabou!
Não! Não! Não!...

Oh! Oh! Oh! Oh!
Tente!
Levante sua mão sedenta
E recomece a andar
Não pense
Que a cabeça agüenta
Se você parar
Não! Não! Não!
Não! Não! Não!...

Há uma voz que canta
Uma voz que dança
Uma voz que gira
(Gira!)
Bailando no ar
Uh! Uh! Uh!...

Queira! (Queira!)
Basta ser sincero
E desejar profundo
Você será capaz
De sacudir o mundo
Vai!
Tente outra vez!
Humrum!...

Tente! (Tente!)
E não diga
Que a vitória está perdida
Se é de batalhas
Que se vive a vida
Han!
Tente outra vez!...
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6 comentários:

luka031052@gmail.com disse...

Amei...adoro Raul.Tenho um amigo aqui
no sul que é cover do Raul.
Beijos lindo.

mab disse...

o raul dono de uma inteligencia e perspicacia incomum sempre me encantou . obrigada Jose. bom dia . abraço .Mab

pretynha disse...

ola
Raul Seixas cantava com a alma e coração que deixou suas marcas na história da musica brasileira
eu sempre vou tirar meu chapeu pra ele obrigado
José vc tem bom gosto bjs

sonia negrison disse...

Raul Seixas me faz lembrar meu filho...
Ele gostava muito desse cantor...
Achava-o muito inteligente...
Essa é uma das músicas que meu filho cantava qdo estava aprendendo violão...
Menino...vc é Impar...te adoro...
Beijos...Soninha...Menina...

fatimacar disse...

tempo que se foi mais ficou as lindas lenbranças . tempo que ja mais esquecerei obrigado amo essas recordaçoes bjs sonia

Unknown disse...

estou lendo um livro do raul seixas, que ganhei ele é show este cara.

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